quarta-feira, 4 de julho de 2012

Desilusão atrasada

Sempre considerei (precipitada e ingenuamente, é certo) o Miguel Sousa Tavares um homem acutilante, e um bom homem. Um bon sauvage, com o permesso rousseauniano.

A questão é que eu tenho alguma tendência a uma certa lentidão de perspetiva, sobretudo quando certos seres vivos me são, de algum modo, simpáticos.

O artigo que o referido (jornalista? ressabiado? rebelde sem causa? curto de vistas? seco do coração?) senhor redigiu para o Expresso no passado dia 30 de Junho, onde apoda os defensores de animais de estúpidos, ignorantes, fascistas e outras pérolas, ao mesmo tempo que jorra, embevecido, a sua visão sobre a "beleza" da tourada, merece um único adjetivo: nojento.

O que penso sobre o senhor (jornalista? ressabiado? rebelde sem causa? curto de vistas? seco do coração?) doravante? Que é um coitadito e um diminuído intelectual, cultural e, muito pior, sentimentalmente, a quem desejo sinceramente as melhoras. E umas pílulas de ética, se não lhe estragarem o estômago.

E têm estas criaturas todo o tempo, toda a antena do mundo, todas as páginas para a sua defesa da barbárie! Que vergonha, que lamentável.

4 comentários:

Imperatriz Sissi disse...

Não li a crónica. Mas que ele é um enfant terrible, um destemperado com bons e péssimos momentos que não vê quem ofende, um rebelde sem causa e defensor das touradas já não é novidade...

Tamborim Zim disse...

O mais grave é ofender princípios e direitos, mais ainda do q ofender pessoas. Lamentável.

Lady Lamp disse...

Por isso é que sou tão contra opinion makers.

Tamborim Zim disse...

Ainda por cima sem ética!