quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pessoas estúpidas

- Hiiiiii!...

Não, não sou daquelas almas de sensibilidade de rosa regada a água mineral tépida, que afirmam ficar confrangidas pela estupidez. Eu, devotos leitores, fico possessa. Irritada, indignada, capaz de uivar. Ferina (cuidado, uuuu). Quando me refiro a pessoas estúpidas não falo especificamente daqueles seres que são francamente pouco dotados de inteligência, perspicácia, sensibilidade acima da lateirice. (No entanto, haverá provavelmente milhares de estudos que concluirão pela simultaneidade destas características no(a) estúpido(a).)A pessoa estúpida, para mim, é essencialmente a chica esperta ignara, a cheia do seu vazio, da sua opacidade e da sua parvulez pacóvia.

São estas tristes alminhas capazes de tudo, menos perceber a sua estreiteza, as suas faltas, a inconveniência incontornável que as caracteriza. É aquela criatura que vai sempre ao porão do seu bafio encontrar desculpas, subterfúgios, evasivas e ignorâncias indescritíveis para provar que A e B não são tão diferentes assim (afinal são letras, dahhh), que os totós somos nós.

Pessoas estúpidas têm forçosamente a sensibilidade de bestas atordoadas, mesmo que a vida lhes tenha proporcionado a oportunidade de não andarem a roçagar-se pela mata.

Estão por todo o lado, estrídulas, com mais ou menos bom gosto aparente, mas com o espacinho do encéfalo cheio de pedras, pregos e ovos podres.

Gostaria de nunca me cruzar com pessoas estúpidas; de não ter de olhar para elas; que os seus olhos idiotas não me vissem; que o meu ar não fosse, em nenhuma situação, momento, lapso de tempo, partilhado com o seu.

Penso que deveriam ser punidas.

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