terça-feira, 11 de setembro de 2012

11 de Setembro

Rosa para Setembro
 
Pois, lembrei-me agora por um blog que faz hoje 12 (??) anos desde esta data fatídica. Entre teorias de conspiração sempre em riste e em marcha, resposta armada, outras desgraças, polémicas e visões de mundo em choque, com a subsequente tragédia moral que os grandes choques encerram, fica a memória das milhares de vidas que se perderam, as imagens do desespero de momentos atrozes que, ano após ano, se repetem nas televisões por esta altura. Mil repetições alucinadas, sempre um novo horror.
 
Sim, sei bem o que estava a fazer quando soube da notícia: estava na praia, e tinha começado a ler Capitães da Areia. Interrompi com o telefonema da minha amada mãe que, como mãe que é, e desde Lisboa, pretendia saber se eu estava bem. Ainda fui dar um mergulho, mais para "esfriar" os neurónios que outra coisa, mas apressei-me a ir para casa e passei o resto do dia a ver as notícias. Nunca retomei este livro do Jorge Amado. Tenho de começar a lê-lo outra vez, mais de dez anos depois.

Quanto aos que veem neste assassinato vil uma lição, uma admoestação merecida, uma provocação quase a propos, só tenho a dizer: ainda bem que não vos morreu lá ninguém. Nem a mim. Sou apenas menos pétrea do que os defensores dessas visões mais "ousadas" da História e da dor humana.

1 comentário:

Pagu disse...

Lembro-me que a mãe também me telefonou para o trabalho a perguntar se eu estava bem.

Eu, que não sabia de nada, afirmei que sim embora não pudesse compreneder porque motivo não haveria eu de estar bem.

Entendi depois, quando vi as imagens da barbárie de quem diz que matar inocentes é um acto de fé.

Só posso desejar o mesmo em troca. Com toda a fé possível no efeito boomerang da justiça do mundo.