terça-feira, 31 de julho de 2012

Pedido urgente: Lobo Ibérico

Queridos leitores, reencaminho abaixo uma mensagem composta por uma amiga, na sequência de um apelo do Grupo Lobo. Pedia a Vossa máxima divulgação possível. Muito obrigada.

"Amigos,

O Grupo Lobo lançou uma campanha nacional para angariar dinheiro para a compra dos terrenos do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI):


O Centro de Recuperação do Lobo Ibérico foi criado em 1987 pelo Grupo Lobo com o objectivo de acolher lobos que não podem viver em liberdade: animais vítimas de armadilhas, de maus tratos e de cativeiro ilegal.

Presentemente ocupa 17 hectares de terreno, num arborizado e isolado vale. Esses terrenos foram emprestados ao Centro mas foram agora reclamados pelo proprietário, que necessita de os vender.

Para poder manter este refúgio, o Centro necessita adquirir os terrenos. Contudo, o prazo para reunir as verbas é limitado e curto, faltando apenas 60 dias para o seu término.

A todos os que quiserem ajudar, por favor enviem um donativo por cheque ou transferência bancária para:

Donativos por Transferência Bancária:

Banco BES - NIB 0007 0007 0052 0270 018 86

- Digite "Donativo Campanha" no descritivo da transferência (se for on-line);
- Caso deseje receber um recibo envie cópia do comprovativo de transferência bancária para globo@fc.ul.pt, com o seu nome completo, morada e NIF (número de contribuinte).

Donativos por Cheque:

- Enviar cheque à ordem de Grupo Lobo para a seguinte morada: Departamento de Biologia Animal. Faculdade de Ciências de Lisboa. Edifício C2. Campo Grande. 1749-016 Lisboa;
- Deverá ser remetido com a informação de ‘Donativo Campanha’.

Para mais informações consultar a página do Grupo Lobo:



Obrigada a todos."

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pessoa na Barrinha

Uma novidade muito particular na barrinha lateral: uma pérola de Fernando Pessoa (ou de Álvaro de Campos, inconclui-se), que consta nas Novas Poesias Inéditas. Durante anos procurei este poema, e uma bela tarde, numa feirinha do livro na estação da Gare do Oriente, pego no livrinho e, mais uma vez, procuro. Ah... e encontro. Deixo este início que transborda graça.

Obrigada a todos

- Para os meus diletos!

Este mês de Julho, precisamente este, com alguns dias muito quentes e fins de dia e noites ventosas e até friotas, trouxe-me o maior número de páginas acedidas na Alegoria da Primaverve desde a sua criação, em Setembro último.

Ainda modesta, esta casinha portuguesa com certeza é, ainda assim, muito rica pela qualidade das visitas e pela querida companhia  que vão votando a este espaço.

Muito obrigada!

Ah... Também temos a ponte para aqui via Facebook...já somos 11 ihihihi. Muito obrigada aos que já gostaram!

Um pedido a que acedo

Deambulando pelo FB dei conta de uma magnífica iniciativa criada por Lucas Santos Paiva e Babi Pucky: no dia 31 de Julho próximo, entre as 20h00m e as 20h05m (horário do Brasil), e no dia 1 de Agosto entre as 00h00 e as 00h05m (horário de Portugal, lembrem-se que há fusos), pretende-se uma "união energética" na qual cada um de nós é chamado a contribuir para a paz no mundo onde quiser e da forma que quiser. Uma ação, um pensamento, meditação, desejos de bem, um abraço de amor, enfim, o que se quiser, desde que se sinta profunda e sinceramente a vontade de paz e de bem plenos.

Espero que uma corrente de pessoas interessadas e que mantenham a frescura de alguma crença se possam unir em pensamento, e preparar e comemorar tempos melhores, a começar pela grandeza desse momento íntimo mas certamente imenso.

Camaradas, não faltem à chamada.

Podem procurar no FB por: União pela Paz Mundial!

domingo, 29 de julho de 2012

Este blog tem causas

Uma das coisas maravilhosas de termos um blog (desde logo, é maravilhoso que tantas pessoas possam ter um) é podermos transmitir por essa via as ideias, os sentimentos, as causas e os valores em que acreditamos e que efetivamente nos apaixonam.

Resolvi, assim, colocar as minhas causas de coração na barrinha lateral. Claro que há mais, mas no capítulo "Ideologia" creio que todas são cobertas, nomeadamente a proteção aos idosos, a defesa da natureza, entre outras.

Exorto os bloggers que assim o entenderem a fazer o mesmo nos seus espaços: divulguem aquilo em que acreditam, porque as boas ideias podem gerar melhores ações e viagens importantes nas mentalidades. Tão importantes, que podemos nunca regressar ao mesmo ponto de partida - e isso é sublime.

Beijinhos e abraços tamborínicos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A inimitável virtude da atenção

!


Por um se ganha, por um se perde; olho vivo, perna curta; não vá o Demo tecê-las. And so on, and so on. A verdade é que um segundo pode fazer a diferença, até mesmo entre a vida e a morte: adormecer ao volante, dar um passo incauto na estrada, escapar por um triz a qualquer coisa. Noutra dimensão muito menos gravosa mas importante, as coisas diárias: estudos, trabalho, relações. Tresler um parágrafo e entender mal uma ideia, ou mesmo reter a ideia oposta, falhar uma resposta porque não se sinalizou a mensagem recebida na caixa de e-mail, desperceber detalhes importantes nos que nos rodeiam por causa da pressa, ou do simples arrastar pelo quotidiano, ou por "erros de simpatia" banais.

A atenção é uma grande e nobre virtude. Um triunfo valiosíssimo, uma distinção das pessoas, prestações, atitudes e destinos.

Estar atento, ficar atento. Trabalhar concentradamente, deixar que o entusiasmo e o rigor sejam parceiros na liderança das tarefas que temos à frente. Ser com o outro e não somente estar com ele. Não tenho dúvidas de que se todos aumentássemos expressivamente os níveis da nossa atenção e a sua qualidade, este Mundo seria um lugar muito, muito melhor. E que seríamos mais felizes.

Atenção.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

El Pedro Marceneiro

- Que se lixe.

Às vezes baixa ao povo uma sensibilidade da mais fina porcelana chinesa. Tudo se tolera e suporta heroicamente: salários subtraídos, despedimentos em massa, explorações inenarráveis, desigualdades não gritantes mas guinxantes, violência, falta de assistência, vergonhoso abandono de idosos, coisificação bestial dos animais, a má-educação extrema e generalizada, um trânsito que é não uma mas uma série de imagens de horror criminosas. Todavia, há coisas que falam mais alto à refinada estirpe das emoções lusitanas, por exemplo o (até empreendedor) verbo lixar. Teve o Primeiro o seu desabafo e pronto, o caldo entornou: Que se lixem as eleições? Que se lixem as eleições uma senhora pinóia, que as eleições são a sacra página da democracia, e quem as manda a um tal indigno destino deve arder no fogo eterno do inferno da ira nacional. Adivinha-se a passos largos a queda do governo, sussurra-se sobre uma possível demissão em massa, como ato máximo de contrição, seguida do internamento coletivo de toda a classe governante numa mega oficina de marcenaria, já em projeto - será, sem dúvida, a maior da Europa, e talvez de todo o Planeta.

Ai, algodónicas alminhas, como vos compreendo. Também eu me firo facilmente, é certamente a vocação poética, romântica e saudosista do nosso povo. Mas atenção... mandar lixar o acessório em prol do essencial não é propriamente um insulto nem uma grosseria - antes uma limagem, uma objetiva definição de prioridades.

Faço entretanto saber que deste governo só me cabe defender o Ministro Relvas, o que já fiz em posta própria, pelo que o que aqui fica lavrado não é mais do que um desafio ao recôndito pensante e crítico que haverá dentro, bem dentro de nós, por debaixo da espessa e açucarada capa da delicadeza que nos faz viver em chilique e estupefação. Como seres ternos e tão gentis que somos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Heráclito - sempre comigo camarada

E já dizia o bom do Heráclito qualquer coisa como "Não se entra duas vezes no mesmo rio" ou, ainda, como parece ser mais correto segundo alguns: "Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não os mesmos" (aproximado).

No fundo o sentido das duas frases é muito semelhante mas, reparem, o seu significado não é o mesmo.

Lembrem-se disso. Lembro-me disso.

Anos, muitos dias. O mesmo rio. Os mesmos. Impossível.

domingo, 22 de julho de 2012

Viver a charada

Gilberto Gil e Os Mutantes - Domingo no Parque (Gilberto Gil)
O domingo não é assim tão chato. O domingo não é assim tão flat. O domingo não é assim tão curto. O domingo não é assim tão curtido. O domingo não é assim tão comprido. O domingo não é um comprimido. Que nos salve. Da realidade. Da segunda. Mas o domingo dá sono. Um sono muito maior que o de sábado. Porém, tudo pode acontecer num domingo. Ouçam, a propósito, na canção acima. E vejam uma tão fresca Rita Lee... Domingo e a sua memória elefantina. Dó mean go. Domingo e o canteiro e o jardim. Do meaning. Domingo a derreter-se como um gelado de arroz. Agora para além de não ter os espaços que quero também não me são permitidos os parágrafos. Daqui a nada mudo de casa!

sábado, 21 de julho de 2012

Hora das aparências darem lugar ao Fachada

B Fachada - Está na Hora da Passa
 
 
Ganhei um presente ultra-luxo da Mana: um disco do B Fachada. Confirmo e amplio o que aqui disse: amo.
Mui politicamente incorreto embora, tenho a dizer que do pouco que vou conhecendo da música que se faz hoje em dia em Portugal muito, mas mesmo muito pouco me inspira. Não partilho entusiasmos por Deolinda, Ornatos Violeta, Azeitonas e outros. Sinceramente, para mim, tudo muito chato e sem enlevo. Depois dos Madredeus, ficou um deserto. A frescura boa onda dos Expensive Soul foi e é muito bem-vinda, mas este menino é outro planeta. 
Ainda bem que veio. Oásis.

Tamborim Zim recomenda com afã

Para ver desenhos maravilhosamente estranhos, simpáticos, comoventes, divertidos e sempre primorosos, deleitem-se com este interessantíssimo blog - FAKE STUFF. Impossível não gostar muito.

Irritações urbanas

- Ó gente da minha terra, civilizai, civilizai!...

Mas então isto agora dá-se assim? Sexta-feira, horas perfeitamente normais, cerca das 21h. Metro, onde está o metro? Quando chega finalmente o meu veículo preferido de deslocação dentro da cidade, deparo-me com surpresa que vinham apenas 3 carruagens. Mas é pela crise, por estarmos quase em Agosto, pela hora "tardíssima" ou por tudo junto? Resultado: tudo a abarrotar, as gentes a estupidificarem e a darem largas à bestice que há em si, empurrando-se e atirando-se umas para cima das outras ao melhor género moche, como se a postura configurasse uma opção válida, como qualquer outra, de conduta em sociedade.

Nem controlei a rápida e acerba expressão do meu protesto: "Então???!!!", exclamei, certamente com ar mortífero. O certo é que a coisa acalmou. Têm medo, no fundo têm medo. Hum.

Apesar de tudo, saí na estação seguinte e esperei pelo próximo micro-metro. Que eu cá não sou de apertos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O que os alegóricos procuram

Lembram-se deste post? (Estou a ficar tão espertinha com estes links, não estou?) A grande notícia é de que "dimicina" deixou de ser a palavra mais procurada por quem chega, num raro acaso de felicidade,
à Alegoria da Primaverve.

As expressões agora em ex aequo são "ermida geres camping" e "mascotes euro 2012".

E entretanto posso disser-vos que o Ermida Gerês Camping (ora queiram espiar esta bela posta ) está aberto e bem aberto e a encantar quem por lá passa. Se quiserem uns dias em beleza e sem gastar muitos euros, recomendo com afã!

domingo, 15 de julho de 2012

Tédio

O tédio é muito pior no Verão. Mais vagaroso passa na indolência do estio que não promete nada, do que no abatimento da chuva que ribomba esperanças de azulinho céu pós lavagem e frio. O tédio escorre muito mais lentamente, e dolorosamente, em Agosto do que em Novembro. Em Novembro um ano está quase a findar e existe a novidade do ano que começará.

Mas agora. Há o quê?

In, Inúteis Meditabundícies Tamborínicas

Do Tony Carreira

Tony Carreira - O Mesmo de Sempre
 
 
Tenho a dizer que gosto muito mais deste novo júri dos Ídolos. A figura-revelação dentre os jurados foi, sem dúvida alguma, o Tony Carreira. A simplicidade genuína e a candura com que avalia os candidatos, de forma rigorosa mas amigável e encorajadora fá-lo somar muitos pontos no meu conceito e tornam-no absolutamente cativante.
E não sendo sua fã musical, passei a ser fã da figura.
Assim sendo, fica a homenagem da Alegoria da Primaverve a esse cantor que encanta massas e massas de gente, em Portugal e pelo mundo, fazendo com certeza vibrar muitos dos nossos emigrantes que, por esta altura, se preparam para voltar à terra em justas férias.
Nesta altura em que as coisas parecem cada vez mais de plástico, com autenticidade nula, e que as pessoas tanto se ignoram e desprezam umas às outras, sabe bem percebermos humanidade em alguns dos nossos semelhantes.
Cantai Tony, cantai.
* O Blogger não me anda a deixar pôr bem os parágrafos...

Dominguinha

- Para o campo, por favor!

Domingácio, bocados de azul pelos estores ainda fechados para os olhos não se abrirem de súbito e demais. Aquela sensação, todas as semanas, de fim de férias. Não é fácil ser um trabalhador a tempo inteiro.

Domingácio, os carros vão barulhando na rua e os aviões parece que cruzam o bairro num longo bocejo, como quem diz: "Deixem-se estar, é muuuuito cedo."

Penso no campo, na fonte que corre, na fonte que está seca, nos caminhos, nas estradas de terra, tenho saudades. Não ser daqui mas aqui estar por se ter nascido e vivido (aqui) traz inconvenientes pouco salutares, camaradinhas.

Penso em desgarradas, em comunidades, em revoluções silentes, em veredas ignotas e em gavetas com teias de aranha e chaves velhas.

Domingácio, tempo para a preguiça, para a saudade, para soltar a insatisfação. E nadar, passear, viajar pela cama.

Chatice ou a antecâmara poética.

sábado, 14 de julho de 2012

Cansada de matéria

Summer Skin (Gibson?)

Não, nem tudo o que perfilho ou faço por se me abater no pensamento ao sabor do momento ou das idiossincrasias tem por detrás um complexo esquema ideológico ou filosófico. Claro que, como sou dada à meditabundice, acabo sempre por relacionar muitas escolhas, das mais prosaicas às maiores, com os seus fundamentos primeiros e últimos, e o facto é que muitas vezes essa relação é real. (O que não sucede, por exemplo, com os meus mais curtinhos desbastes pilosos na cabeça, dos quais se não infere, conforme esclareci a uma simpática colega recentemente, que integre o movimento Hare Krishna.)

Bem, mas tudo isto para explicar que cada vez vou tendo menos apetência para fazer listas de aniversário com as coisas que gostaria de receber. E por quê? Porque sempre preferi que me oferecessem livros e discos e, nos últimos anos, também filmes. O que se passa é que tenho montes de livros por ler há não sei quantos aniversários, alguns filmes por ver e vários discos para ouvir e outros para ouvir com atenção. Incomoda-me já a acumulação de coisas. O espaço é pouco, o pó aumenta, as coisas extravazam das suas linhas e isso, infelizmente, nem sempre é sinónimo de serem devida e enriquecedoramente interiorizadas em mim. Essa ideia é, de resto, central neste assunto: sinto necessidade de interior. Talvez por demasiadas vezes considerar o meu abalado, com algumas doses de desertificação a mais, com detenção a menos, com produto a menos. Todos tentamos o que achamos que podemos, o pior é o aquém de tudo isso. O grande Variações cantava "Estou Além", e eu sinto-me aquém.
Por isso, este ano, o que mais gostaria que as pessoas próximas me oferecessem é uma pequena história da sua autoria, sobre o que quiserem, no mínimo de uma página A4. Embrulhada, com laçarote, ou apenas em papel. Era isso, de facto, o que gostaria que me dessem. Uma coisa sua.

Temo não ser compreendida e ser tudo remetido para as preocupações (nada despiciendas, porém) com a crise - faz parte da crise sermos submersos pela mesma. Mas é muito mais e para além da abundância ou da carência de tudo o que seja matéria.
Trata-se do meu pequeno património imaterial, que é do que mais preciso. Isso, pão, e uma viagem maior por ano, e acho que conseguiria viver. (Talvez com uma ou outra cosita mais...)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Do "dar nas vistas" que eu dispenso

- Cumprimentos da Zim ah ah ah ah ah ah!

Se ainda várias pessoas, por exemplo na rua, olham com um ar entre o espantadiço e o indiscreto se uma pessoa corta o cabelo a pente dois, como é que podemos esperar liberalidade do mundo, criatividade, veganismo, "empatismo" (empatia), glamour, etc., generalizados? Civismo?

Detesto indiscrição. Cada vez acho mais encantadora uma certa economia da verbosidade, sobretudo entre pessoas que não são amigas. Confesso, ademais, não achar graça alguma a ser olhada como se fosse um ET não só porque revela um franco mau gosto mas sobretudo porque, para além do meu divismo, não há nada de alienígena em mim. Quero dizer...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Tamborim, a vidente


Poesências em suma

Posso assegurar-vos preclaros (esta palavra vai em honra do Jorge Fiel e da sua bela Lavandaria ) leitores, qua ainda Fátima Campos Ferreira, a nossa inexaurível anfitriã dos Prós e Contras, não tinha terminado a frase, e já na minha cabeça estavam as palavrinhas que se seguiriam (aproximadamente): " (...) e o que vai mudar na vida do cidadão comum" com a descoberta do Bosão de Higgs?"  

E lá os cientistas deambularam, e lá a filósofa inquiriu, e vice-versa.

Não sei o que é que a descoberta mudará. O adensar do mistério e do gosto pelo mistério? Revoluções ou inovações a repercutirem progressos na medicina? Não sei, mas a pequena cintilação de interesse, entusiasmo e o seu quê de deslumbramento, nestas coisas, já valem muito a pena.

Que a ciência e a poesia se interpenetrem pelos séculos, para o bem da nossa humanidade.

domingo, 8 de julho de 2012

Hoje

Ontem (Foto de Zim)

Hoje teve lugar um certo finalmente para lá de adiado, e de uma importância vital para mim. Espero um dia falar-vos disso, pacientes leitores.

(Agora estou de ressaca do finalmente.)

sábado, 7 de julho de 2012

Alegoria da Primaverve no Facebook

- We like Zim!

Mais importante do que aparecer na TV, no que conquistar o perímetro lunar, do que, enfim, vencer o ar rarefeito do próprio Everest, impõe-se estarmos juntos no Planeta Facebook. Seja, e é com todo o gosto que a partir de hoje a Alegoria da Primaverve também tem lá a sua página.

Sempre hesitei muito em criar uma tal coisa. Para quê?, perguntava-me constantemente. Hoje, e encorajada pelas estatísticas de leitura do meu ainda tão pequeno blog, é a possibilidade de divulgá-lo mais e melhor que me fez adentrar nos mecanismos do "clique aqui" e "siga a seta" da criação de uma página.

Sejam todos bem-vindos, e interesseiramente até já gostei de várias páginas para também gostarem da minha. Brinco em boa parte! Como sabeis, as páginas de que gosto são as que leio de facto.

Resumindo e baralhando: a nossa casa continua a ser aqui. O resto é sempre ponte, pátio, porta de entrada para este  recato de vistas amplíssimas.

Abraços tamborínicos.

Relvas - o direito à defesa

- Contra os marrões marchai, marchaiiiii!...

Caro leitorado exigente e sagaz, nesta enevoada e esconsa manhã de sábado, a Alegoria levanta-se e responde ao chamado que lhe é peculiar em defesa dos fracos, oprimidos e ou injustiçados. Lá dizia Che Guevara que a maior virtude de um revolucionário é estar atento à opressão em qualquer parte do mundo. Todos sabem das desgraças na Síria, da carência da África profunda, das inenarráveis violências no Iémen, no Irão, e em tantos lugares terminados em ditongos. Mas convirá, convirá, leitor estimado, não esquecermos o que de menos justo se processa perto de nós, mesmo dentro da nossa casa-Nação. (Estaremos bem de intróito?)

Venho hoje expressar a minha solidariedade não só para com o Ministro Relvas, mas por todos quantos se encontram na sua situação. Teremos de ser pacientes e de concretizar os factos e os motivos que são invocados para o seu ataque público, e só depois julgar. Assim como fez o Tribunal Constitucional. Pode este último caso servir-nos de exemplo de análise - o Ministro Relvas.

Insurge-se o povo porque o Ministro concluiu num ano, com a devida aprovação, uma Licenciatura que se encontra prevista para três anos (massas bolonhesas). Através da atribuição de créditos, ganhos por equivalência de experiência profissional e, certamente, mundividente, o cidadão em referência conquista o seu grau académico, com o beneplácito do estabelecimento de ensino que frequentou (sic). Esta última ideia é de reter: a Universidade Lusófona proporcionou estas equivalências a dezenas e dezenas de outros alunos, cerca de 90. Ou seja: há ilicitude curricular, escolar, institucional na célere conclusão dos estudos do Ministro? Não.

E agora debrucemo-nos, amigos, sobre o espírito da situação. Temos um jovem politicamente ativo, como tantos da sua geração, que passou certamente a sua existência numa intensa cruzada pelo Bem, a defender os humilhados, os esfomeados, os deserdados e os desolados; a instruir-se nos imensos mas esclarecedores escolhos da escola da Vida; a fazer contactos, sociabilizando e desenvolvendo uma dialética existencial de compreensão, empatia e intelectual desafio com o seu semelhante; a tentar, em suma, reunir as suas melhores qualidades para semear um futuro melhor para a Nação. Vamos exigir, em sã consciência, que toda esta façanhuda travessia se realize tendo por obrigação o estacionamento nas salas, anfiteatros e bibliotecas das Faculdades? Na fila da secretaria? Nas horas difíceis de leitura de infinitos capítulos e livros, na dificultosa tarefa de ouvir os professores horas a fio, de anotar, reter, interpretar, criticar e sintetizar? Nos longos trabalhos, nas fatigantes pesquisas, nos dolorosos confrontos com os cansaços da madrugada? Isso, diletos, é para o povo comum, para quem se não propõe nada mais do que concluir os estudos, arranjar um qualquer trabalho, casar, procriar, trair, deprimir e desanuviar na novela, no futebol ou na rede social. Não vamos, contudo, medir todos os seres humanos pela mesma altura, menos ainda pelo mesmo desígnio. Há os que asseguram a manutenção da ordem existente, e os que rasgam penosa mas corajosamente os horizontes do porvir. E a esses, a esses, a exceção tem de ser permitida. Caramba.

Num País que se acusa de ser burrocrático, lento, com a mania dos Doutorismos, saloio, deslumbrado, com médias de conclusão de cursos superiores de oito anos (média de há alguns anos atrás, pelo menos), vamos continuar enfurecidos e a congeminar golpes de Estado, na digestão das nossas iras, porque Relvas assumiu a necessidade de rapidez e fez a sua escolha: menos teoria e mais ação? As deslocações a Bruxelas e ao mundo, os almoços e jantares, as conversas graves nas quais se decidiam, longe das vistas vulgares, os rumos do mundo, não serão mais instrutivos do que uma simples cadeira de Relações Internacionais? Para quê ler, camaradas, se podemos fazer e ser parte das próprias relações? Para quê interpretar se nos relacionamos? Qual é a justificação para fazermos Portugal e os portugueses esperarem? Sublinhar capítulos, lamber papel, debater com coleguinhas ignorantes? Pois se as pessoas se aplicam e conseguem trabalhar nas mais espinhosas funções, contribuir denodadamente para o orgulho nacional e, ainda assim, concluir num ano o que a massa acaba a duras penas em três, merecerão ser apedrejadas e vilipendiadas desta maneira? A resposta só pode ser uma, e à uma a devemos proclamar: não!

No fundo, a mão que atira pedras é de inveja, a boca que profere os impropérios fá-lo por despeito. É que, meus caros, não é bem assim que "depressa e bem não há quem". Não é para todos, a verdade é essa. Habituem-se e estudem, para serem alguém na vida.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Últimas Novas - Dos cortes dos subsídios

Qualquer semelhança com o questionamento ao Marcelo Rebelo de Sousa sobre o aborto é pura coincidência...


Tamborim Zim - Então os cortes nos subsídios de férias e de Natal são inconstitucionais?

Tribunal Constitucional - Ah pois são!

TZ - Hum, isso significa que os trabalhadores serão ressarcidos, correto?

TC - Não. Apenas que há inconstitucionalidade.

TZ - Então mas...

TC - A partir do próximo ano, 2013, já não podem cortar mais ao povo desta forma.

TZ - Mas e antes...

TC - Antes, senhorita, é passado, e do passado não reza a História.

TZ - Não? Hããã... mas pensava justamente que a Hist...

TC - Não!

TZ - Mas antes não é inconstitucional?

TC - Olhe, é nim!

TZ - Zim?

TC - Nim, nim!

TZ - Ah...


O Primeiro Ministro está irritadíssimo antes de entrar no musical Amália. Triste fado!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Palavra de Viajante - um belo espaço a descobrir

Palavra de Viajante (fotografia da autoria de Joana Saboeiro e gentilmente cedida pela PV)


Palavra de Viajante
Morada: Rua de São Bento nº 30, 1200-819 Lisboa
Telefone: +351 211 956 340
Site: http://palavra-de-viajante.pt/
E-mail: geral@palavra-de-viajante.pt
A Palavra de Viajante também está no Facebook.

Cada vez mais me convenço que a vida é, em grande parte, uma sucessão de aborrecimentos. Não deixa de ser maravilhosa, contudo, por causa de um pormaior: há coisas muito boas também que, mais espaçada ou permanentemente, pontuam o caminho de cores, ideias, alegrias e entusiasmos.

E é para falar aos meus diletos leitores de uma dessas coisas muito boas e instigantes que serve esta posta. Palavra de Viajante é o nome da livraria que abriu no passado Outono em Lisboa, mais precisamente na Rua de S. Bento, curiosamente em frente a uma das casas onde viveu Pessoa, Fernando Pessoa. Lá bom augúrio há!

Fazendo jus ao nome, a Palavra de Viajante dedica-se exclusivamente à temática das viagens: guias, mapas, relatos de viagens e também ficção inspirada nessa incrível aventura que é viajar ou, simplemesnte, em algum lugar em particular. Há sempre uma opinião a um tempo sóbria, entusiasmada e conhecedora que pode ajudar os mais indecisos a escolher a melhor oferta, para si ou para alguém a quem se pretenda fazer navegar no tapete voador dos livros.

Mas um bem nunca vem só: para além do espaço muito cativante deste edifício do séc. XIX, da tonalidade dominante da madeira, do bom gosto do arranjo e da simpatia amigável das proprietárias e colaboradoras, a Palavra de Viajante tem também um Café do Viajante onde se pode almoçar, lanchar, beber um vinho amistoso, uma limonada no ponto ou um sumo de morango, entre muitas outras surpresas. A que vos escreve, apaixonadamente vegan como sabeis, encanta-se com as bebidas e, em particular, com as deliciosas sopas ali confecionadas e primorosamente servidas: abóbora, cenoura, alho francês e mais, ao sabor das partes do mundo e dos palatos a homenagear. E há também detalhes irresistíveis e que remetem sempre o curioso visitante-viajante para a amplidão do mundo exterior mesmo ali, no meio daquele intimismo confortável. Convido a que os descubram.

Não resisti (porque uma das coisas que gosto de fazer na Alegoria é falar de projetos e realizações que admiro) e pedi uma entrevista a Ana Coelho, uma das sócias, que muito gentilmente acedeu. Aqui fica.

TZ - Qual é a Palavra preferida do Viajante, e porquê?

Ana Coelho - Palavra de Viajante (AC-PV) - No fim de cada viagem ficam as memórias que esta nos deixou. A viagem é a experiência, a oportunidade de conhecer, viver e sentir. Mais do que nunca, as pessoas adoram contar as suas viagens e, ao fazê-lo, estão a partilhar essa experiência. Mas também a recordá-la para si próprios. Transformar uma viagem em palavras, arrumá-la num discurso mais ou menos escorreito - mas sempre entusiasmado - é não só voltar a vivê-la, mas também tornar consciente muito do que se sentiu. E, por isso, crescer mais um pouco. Assim, não há apenas uma palavra, mas todo um discurso.

TZ - Esta livraria não é apenas um sítio onde se podem ver e comprar livros. Pode falar-nos um pouco sobre o sonho que o próprio espaço indicia?


AC-PV - Sem dúvida que muitas viagens começam com um sonho. Por vezes, este concretiza-se.         Na Palavra de Viajante queríamos que a viagem começasse assim que se cruza a porta (e se pisa o tapete Arrivals/Departures). Um espaço que tem por objectivo ser acolhedor, contribuir para que as pessoas se sintam bem, confortáveis, à vontade. Claro que tudo poderia ter sido feito apenas com a vertente da livraria, mas criar um local que convida à permanência, a ler um livro ou uma revista, a conversar serenamente como se estivéssemos em casa é tornar uma viagem em turística numa viagem em executiva. E para mais, nós, os portugueses, gostamos particularmente de estar num café a relaxar ou só a conversar ou a tomar algo. A vertente do café fez, desde o início, parte do conceito da Palavra de Viajante. Agora que vemos o projecto a concretizar-se, achamos que não poderia ter sido de outra maneira.

TZ - Consegue caraterizar em termos genéricos o tipo de visitante mais assíduo da Palavra de Viajante?

AC-PV - É difícil, pois quem nos procura, mesmo mais assiduamente, fá-lo por razões muito distintas: desde a cliente que adora as nossas sopas e aparece sobretudo à hora de almoço a pessoas que já não viajam ser vir cá comprar um guia, um mapa ou literatura de viagem para se entreterem
no avião.

Se há uma característica que é comum a todos estes visitantes mais assíduos é a capacidade de valorizar um projecto que fizeram questão de sentir como seu.

TZ - Quais são as viagens que nos levam mais longe: as geográficas ou as literárias?

 

AC-PV - Para mim, que sou uma leitora compulsiva, talvez sejam as literárias. Até por não poder viajar com tanta frequência como posso ler livros. Um livro bem escrito pode levar-nos muito longe, mas também é verdade que estar num lugar diferente, ver e sentir uma cultura alheia à nossa e manter intacta a capacidade de nos deixarmos maravilhar também tem o mesmo efeito. Podemos juntar as duas?

TZ - Três autores que levaria consigo em forma de livros para um retiro no deserto?

AC-PV - Posso trocar o deserto por uma praia? É que eu preciso muito de água, do mar de preferência. Já sei que vão ficar inúmeros autores de fora, mas aqui vão três nomes: Ivo Andric ("A Ponte sobre o Drina", em particular), Mario Vargas Llosa (mas não a obra mais recente) e Ryszard Kapuscinski.Se me perguntar amanhã, talvez haja uma ou outra mudança, mas hoje o dia está cinzento e é o que me ocorre.

TZ - Há alguma novidade ou programação próxima da Palavra de Viajante que gostasse de partilhar com a Alegoria?

AC-PV -
A Palavra de Viajante vai viajar no próximo domingo dia 8 de Julho. O festival Escrita na Paisagem convidou-nos para preparar um almoço e animar uma conversa sobre livros e viagens. Como tema, escolhemos o Egipto e a Grécia e vamos de armas, bagagens, panelas e ingredientes até ao Monte do Quiosque, perto de Évora, para um domingo diferente.

Desilusão atrasada

Sempre considerei (precipitada e ingenuamente, é certo) o Miguel Sousa Tavares um homem acutilante, e um bom homem. Um bon sauvage, com o permesso rousseauniano.

A questão é que eu tenho alguma tendência a uma certa lentidão de perspetiva, sobretudo quando certos seres vivos me são, de algum modo, simpáticos.

O artigo que o referido (jornalista? ressabiado? rebelde sem causa? curto de vistas? seco do coração?) senhor redigiu para o Expresso no passado dia 30 de Junho, onde apoda os defensores de animais de estúpidos, ignorantes, fascistas e outras pérolas, ao mesmo tempo que jorra, embevecido, a sua visão sobre a "beleza" da tourada, merece um único adjetivo: nojento.

O que penso sobre o senhor (jornalista? ressabiado? rebelde sem causa? curto de vistas? seco do coração?) doravante? Que é um coitadito e um diminuído intelectual, cultural e, muito pior, sentimentalmente, a quem desejo sinceramente as melhoras. E umas pílulas de ética, se não lhe estragarem o estômago.

E têm estas criaturas todo o tempo, toda a antena do mundo, todas as páginas para a sua defesa da barbárie! Que vergonha, que lamentável.

Pessoas estúpidas

- Hiiiiii!...

Não, não sou daquelas almas de sensibilidade de rosa regada a água mineral tépida, que afirmam ficar confrangidas pela estupidez. Eu, devotos leitores, fico possessa. Irritada, indignada, capaz de uivar. Ferina (cuidado, uuuu). Quando me refiro a pessoas estúpidas não falo especificamente daqueles seres que são francamente pouco dotados de inteligência, perspicácia, sensibilidade acima da lateirice. (No entanto, haverá provavelmente milhares de estudos que concluirão pela simultaneidade destas características no(a) estúpido(a).)A pessoa estúpida, para mim, é essencialmente a chica esperta ignara, a cheia do seu vazio, da sua opacidade e da sua parvulez pacóvia.

São estas tristes alminhas capazes de tudo, menos perceber a sua estreiteza, as suas faltas, a inconveniência incontornável que as caracteriza. É aquela criatura que vai sempre ao porão do seu bafio encontrar desculpas, subterfúgios, evasivas e ignorâncias indescritíveis para provar que A e B não são tão diferentes assim (afinal são letras, dahhh), que os totós somos nós.

Pessoas estúpidas têm forçosamente a sensibilidade de bestas atordoadas, mesmo que a vida lhes tenha proporcionado a oportunidade de não andarem a roçagar-se pela mata.

Estão por todo o lado, estrídulas, com mais ou menos bom gosto aparente, mas com o espacinho do encéfalo cheio de pedras, pregos e ovos podres.

Gostaria de nunca me cruzar com pessoas estúpidas; de não ter de olhar para elas; que os seus olhos idiotas não me vissem; que o meu ar não fosse, em nenhuma situação, momento, lapso de tempo, partilhado com o seu.

Penso que deveriam ser punidas.

domingo, 1 de julho de 2012

Uma das mais bonitas atrizes de sempre...selon Zim

Simona Cavallari


Simona Cavallari noutro momento
A minha inesquecível Esther Rasi - Simona Cavallari em  La Piovra 4


Apesar de, diletos leitores, ser toda eu pela Espanha nesta final do Europeu (o meu clube estrangeiro é o Barcelona e encanta-me a vivacidade e a técnica do futebol espanhol), aqui vos deixo uma das atrizes mais belas de sempre, no meu acutilante ver, nada na bella Itália.

Sabeis como sou uma eterna fã da série O Polvo. Esther Rasi foi uma das suas personagens mais marcantes, interpretada por Simona Cavallari. Uma candura exótica graciosa e inesquecível.

Não sei de gosto muito do seu estilo atual, ou da forma como ganhou idade, por assim dizer. Que continua linda, continua.

Três momentos de uma estrela, supra.

Os melhores apelos

- Amigos da Zim, por favor, deem-nos água!...
- Obrigado!... Salvaram o meu dia.

As melhores, mais genuínas chamadas de atenção são as que visam ir ao encontro dos sofrimentos objetivos de diferentes seres que povoam este complicado mundo. Hoje, no FB, vi um pedido tão puro, essencial e simples quanto... a água.

Explico: é Verão e já começaram os dias de calor, aquele que queima e comanda a sede. Para nós, humanos, é muito simples beber um copo de água (enquanto a houver) e levarmos litros dela para o trabalho, como aguadeiras modernas. Como sabemos, porém, as aves têm um contínuo trabalho de procurar o que beber e o que comer. Voam milhas, cansadas, também com calor, preocupadas com os filhos e com a sua própria sobrevivência.

Qual é o apelo? Vamos deixar uma tacinha de água nas varandas, e se possível noutros pontos como jardins, ruas, onde outros animais podem também beber, enfim, onde a secura impera e uma gota será um tesouro tão bem-vindo.

Camaradas, água não se nega a ninguém, nem racional nem senciente. É umA ação concreta e que representa o melhor de nós. Sejamos empáticos e não esqueçamos, embalados no nosso conforto ou no correr apressado dos dias, o sofrimento dos nossos companheiros, que nem sempre cantam de alegria.

A barrinha, a barrinha

É um mês novo, Julho perfila-se em rasgos de horas vagas (para alguns...), e Oswald de Andrade confidencia-nos a novidade da barrinha lateral. Espie, leitor. Eu também tenho uma saudade assim de Paris. Cada vez gosto mais da petiza. Como não?

"Lascívia de talher" *


 
B Fachada - Só te falta seres mulher (*letra)

B Fachada - Roupa de Estrada

Isto realmente não é mentira que uma pessoa se sente velha (exagerozinho) ao perceber novos e jovens talentos surpreendentes. A minha mais fresca descoberta (atrasada, sim, me confesso), da lírica cantada em português chama-se B Fachada. Bernardo Fachada.

As duas canções que selecionei são de uma ilimitada formosura e por isso tomaram-me sem restrições. O menino é um encanto. Ligue o som, leitor. E apague a luz, eventualmente.