segunda-feira, 28 de março de 2016

Fábula puerícia odalisca mantra

(Foto de Zim)

Todos os dias eu subia o monte e a passarada no alto cantava, fazendo-me passar. Ladeando o lago o cisne branco ciscava. A fazer-me cismar. Longe na colina o esquilo saltitava, fazendo-me esquiar. Escondido nas folhas o sapo coaxava para eu coxear. Debaixo do sol o gato ronronava. Para eu gatinhar. Entrementes, a serpente toda a noite enrolava. Para eu serpentear. No rio de água doce em brilho o peixe nadava, para eu pesquisar. O cavalo azul do Kadinski galopava para eu cavalgar. Atravesso a selva e o leão solta a juba. Para eu jubilar. Chego à encruzilhada e aí estás tu a olhar-me. Para eu te entoar.

Para eu te entoar.

Para eu te entoar.

Para eu te entoar.

Para eu te entoar.


                                Para eu te entoar

                                      Para eu te entuar

Para eu te em tu ar

                      Entoar

                                      em Tu Ar

Entoar

                           Entoar


Para eu te entoar.

4 comentários:

Anónimo disse...

ui... que lindo... que lindo e qye força e que ritmo.. e tanto mais.

a foto tb é poesia **

PoetA***

M.

Tamborim Zim disse...

Feliz por gostares, é uma cançoneta q escrevo agora em prosa mas enquanto me toca mo cerebreto. Beijim, grata muito.

pauloduda disse...

Simplesmente... LINDO... Duda

Tamborim Zim disse...

Ohhhh....amigo querido, muito obrigada pela visita e comentário!!! :))