segunda-feira, 25 de abril de 2016

De mim, segundo H.D.

Um dos frescos presentes que me deram recentemente, e fresco porque ecoa na memória não sendo, assim, só memória, mas seiva de algum porvir - bom, isso é aguardar.
 
Reza, mais ou menos, assim:
 
"Havia um agricultor que tinha as suas semeaduras habituais. A partir de dado momento, foi abandonando os trabalhos da terra. Deixou de semear milho, trigo, batatas, tudo enfim. Toda a sua propriedade ficou infrutífera, tornando-se um baldio.
 
O agricultor ficou triste, frustrado, ansioso, e explicava ao mundo, perplexo, que alguma coisa sucedera, que ocorreram uns fenómenos e que as suas terras assim ficaram desoladas, como ele mesmo.
 
Tem de ser agricultora de si mesma, Tambo."
 
Vou começar amanhã a tentar perder toneladas, veremos onde esta agriculmim me leva. O baldio cansa e rouba sol, flores e sombra.
 
Por que não? Ainda que apenas mais uma distração, somente novas paisagens. Por que não, se tudo é ir? Alento, algum, uma microcápsula de alento, por que não?

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